Renascimento

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Ver artigo principal: Jardim italiano

Jardim do Château d’Ambleville, França

no Renascimento a jardinagem ganhou uma especial relevância, em paralelo ao impulso concedido a todas as artes nesta época, principalmente graças ao mecenato de nobres, príncipes e altos cargos da Igreja. O jardim renascentista inspirou-se no romano, em aspectos como a decoração escultórica ou a presença de templetes, ninfeus e lagoas. Os primeiros exemplos surgiram em Florença e Roma, regiões com uma orografia acidentada e grandes desníveis de terreno, o que originou a realização de estudos prévios de índole arquitetônica para planejar a estrutura do jardim, originando a arquitetura paisagística. Um exemplo disso são os jardins do Belvedere em Roma, projetados por Bramante em 1503, o qual resolveu os desníveis com um sistema de terraços, aos quais se acede por amplas escadarias e que estão rodeadas de balaustradas, esquema que passaria a ser típico do jardim italiano, que se converteria no protótipo de jardim renascentista. Atribuiu-se especial importância à obra hidráulica, com lagoas e fontes de grande complexidade, como as da Villa deste em Tivoli, desenhadas por Bernini. Estes desenhos passaram para o resto da Europa, onde se destacam pela sua magnificência os jardins franceses, como os dos castelos de Amboise, Chambord e Villandry. Na França era costume subdividir o jardim em diversas zonas especializadas (Jardim geométrico, medicinal, silvestre), assim como a construção de canais que permitiam o passeio de barco. Nesta época começou o costume de aparar as sebes, aparecendo os primeiros jardins em forma de labirinto. Também é preciso destacar a chegada de novas espécies graças à descoberta da América, o que favoreceu a abertura de Jardins Botânicos dedicados ao estudo e catalogação das plantas.

a teoria jardinística renascentista foi especialmente nutrida pela concepção elaborada por Leon Battista Alberti da casa e do jardim como uma unidade artística baseada em formas geométricas (de Re Aedificatoria, IX, 1443-1452), bem como no modelo exposto por Francesco Colonna em seu Hypnerotomachia Poliphili (1499), que introduzia o uso de canteiros de flores e o emprego da arte topiária para dar formas caprichosas às árvores, ou o desenho das eras a partir de formas axiais, exposto por Sebastiano Serlio em tutte l’opere d’architettura (1537).



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